Uma moradora do País de Gales levou um susto ao buscar as instruções de lavagem de seu novo vestido, na etiqueta escrita e costurada a mão havia um pedido de socorro: “somos forçados a trabalhar por horas exaustivas”.
Incidente
Rebbeca Gallagher comprou o vestido por 10 libras, o equivalente a R$ 37 reais na loja Primark, especializada em ponta de estoque.
"Fiquei muito surpresa quando vi a mensagem, eu fui checar as instruções de lavagem quando li o pedido de socorro", disse ela, que garantiu estar refletindo sobre como as peças de roupa são feitas. "Nunca tinha parado para pensar nisso, mas faz sentido se você pensar no quanto essas roupas são baratas", desabafou.
A consumidora afirma não saber se o vestido foi costurado em uma loja ilegal no exterior, mas assustada com a mensagem fez uma promessa a si mesma de nunca usar aquele vestido.
Reação Primark
Um porta-voz da loja Primark garantiu que este é o primeiro incidente do tipo registrado na empresa e solicitou a devolução da peça, para que possa realizar uma investigação.
Casos semelhantes
A estudante Rebecca Jones, de 21 anos, comprou um vestido na mesma loja e encontrou uma mensagem parecida na etiqueta: “condições desumanas degradantes”.
Karen Wisínska, de Belfast, alega ter comprado uma calça na Primark de sua cidade, em junho de 2011, mas disse nunca ter usado a calça. Recentemente ao arrumar seu guarda-roupas, a consumidora encontrou no bolso da calça um bilhete em chinês.
Sem entender do que se tratava, tirou uma foto e postou em uma rede social, para sua surpresa o recado continha um pedido de socorro de um trabalhador que dizia estar em uma prisão. O autor da nota afirmava que detentos eram obrigados a trabalhar ‘como animais’ e recebiam comida que ‘poderia ser considerada imprópria até para animais’. Chocada, a consumidora procurou a Anistia Internacional.
“Lamento ter descoberto isso só agora, pois poderia ter feito a denúncia há mais tempo para ajudar nas investigações” salientou Wisínska.
Infelizmente, ainda não se sabe se o recado deixado é verdadeiro, mas o diretor da Anistia Internacional da Irlanda do Norte, Patrick Corrigan, disse que o caso será investigado.
Íntegra da mensagem em Chinês
“SOS SOS SOS Somos prisioneiros em Xiangnan prisão em Hubei, na China. Por um longo tempo, temos produzido roupas para exportação. Nós trabalhamos por 15 horas por dia. O que nós comemos é ainda pior do que o alimento para porcos e cães. O trabalho que fazemos é semelhante ao trabalho mais difícil que bois e cavalos podem fazer. Conclamamos a comunidade internacional a denunciar a China por este ato desumano”.
Declaração Primark
A empresa publicou no seu site a íntegra da declaração dada por seu porta-voz sobre as denúncias: “apesar da desconfiança crescente em relação à origem das etiquetas, a Primark reconhece suas responsabilidades em relação aos trabalhadores da cadeia de suprimentos e já iniciou investigações detalhadas”.
Fonte: correio24horas e Estadão
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